INÓSPITO O CORPO
"Inóspito o corpo"- disseste.
Terra estéril.
Áspera.
Dura.
As palavras estalam secas
Em vazio leito sem figura.
Queria falar-te
da asfixia do sol
da erosão da geografia
da exiguidade das nascentes.
Meu corpo-ilha em mar palavras
Navegação inútil entre o sal
Mãos nenhumas moldarão este meu barro
Fóssil de flor.
Carne sem cor.
Sangue ancestral.
Maria Antónia Magalhães
9 Comments:
Belo,gostei muito,a foto tá fantastica.
bjs e um bom fim de semana que eu vou já para a praia.
Gostei imenso do poema :))
Tão simples e ao mesmo tempo, que diz tanto :)
Bj**:)
Fiz aqui um comentário... mas fugiu!
Paciência. Curiosamente foi o primeiro!
Dixia algo como:
É duro, rude, cortante.
Não conhecia mas gostei
É amargo e angustiante contudo.
Não vou ler novamente.
Perfeito!!
Como diz a Morgana, é amargo e angustuiante, óptimo para um Louco...
Beijo, até outro instante criado por nós.
Poema forte , só nós proprios poderemos moldar o nosso barro, se assim o quizermos.
bom domingo
Não é a Morgana.
É a Cleopatra Louco!
Bj.
Esta Loucura faz com que confunda tudo, sei que eras tu Cleopatra, mas o que me saíu dos dedos foi o nick da Morgana. Eu sei da existência das duas meninas, perdão a ambas para o lapso :)
Two kisses pour vous, até outro momento...
Não conhecia, nem o poema nem a autora.
Concordo com a Cléo... "é rude" e... seco!
A foto está a condizer.
Desta vez, não gostei...
É duro sim, mas a realidade é dura Também.
Gostei e muito.
Um beijo
Enviar um comentário
<< Home