
Era a breve chama frágil de uma vela rasa e plana...
Brilho turvo que mal se vê e nem o olhar seduz...
Calor amorfo... que nada aquece...que nada emana...
Afinal não era "oxigénio"...
Era uma baça atomosfera rarefeita e sufocante...
Um nevoeiro carregado de gotículas de arsénio...
Um abismo negro vivo e sem fundo...angustiante...
Afinal não era "vida"...
era um limbo de sofrimentos doídos e cortantes...
uma auto-eutanásia lenta, intensa e sofrida...
a última gota de sangue...homicídio em instantes...
10 Comments:
Lindo!!! Como sempre...
escreves muito bem... até quando sabes(tens a certeza absoluta) k tudo k estás a escrever sao MENTIRAS.
parabens. és brilhante.
Beijo
Afinal parece que não são mentiras... deixa lá, cada um interpreta o texto como lhe apetece, certo? Eu imaginei-me logo a comprar um gelado e quando me ia deliciar via que era com sabores que detestava...
Então afinal não era nada...e que estranho chegar a essa conclusão.
Parece que tudo o que era e já não é nunca passou de mera ilusão...mentiras que não eram e verdades que já não são...
Meu beijo de gata, Morgana Dark.
Afinal Era chama frágil de uma vela rasa e plana...
Brilho turvo que mal se vê
Calor que aquece...
Afinal era "oxigénio"...
Era atomosfera sufocante...
Um nevoeiro de gotículas de arsénio...
Um abismo vivo e fundo...
Afinal
era um limbo
a última gota de sangue...
Afinal era sentimento
uma ilusão ...um mistério...um torpor...
Afinal
era um imenso mar gelado de fogosas emoções...
era a paixão aquosa de uma pedra alucinada...
a queda livre num vácuo de sensações...
a última centelha de vida...
Afinal era tudo isto.
Afinal...ERA:
Gostei E li como gostei
BJ
Bom texto.
Bom poema.
EScrito com alma.
Cientificamente (parece) que “afinal não era nada”…
Poeticamente afinal, era a paixão, a ilusão, o sonho… a fonte da vida!
Simplesmente, lindo!
Já nos habituaste a estes momentos de perfeição.
Vale a pena voltar para reler.
Até "já"…
MCB: (o M e o B já sei o que significam ...) Sabes que não sou o anónimo lá de cima, não sabes?
Para que não hajam equívocos, vou dizer-te o que "penso" dos teus poemas por outra via!;)
Beijo
Voltei para reler mais uma vez. Queria comentar de uma forma mais “poética” mas… é como se a excelência deste texto esvaziasse a poesia em nós, ou expusesse o "mínimo-minimorum" que é cada um dos meus poemas por comparação com este.
“Pântano fétido de ilusões…” Tal e qual o nosso mundo, tal e qual a existência…
É por isso que não quero continuar a pecar. Gostei do teu texto Gostava de saber porque me dizes para continuar a pecar.Gostva de entender todo o contexto do teu texto.
Os teus poemas são belos, tristes, depressivos mas belos.
Parteces eu.
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